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Tomando a difícil decisão: falta de conhecimento ou plágio deliberado?

Patti West-Smith
Patti West-Smith
20-year education veteran; Senior Director of Customer Engagement

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Um dos elementos mais notáveis da educação que os novos professores têm dificuldades para entender, antes de terem prática em sala de aula, é sobre quantos fatores estão envolvidos na arte e ciência da instrução e, mesmo quando eles entendem isso, pode continuar sendo desafiador saber como fazê-lo BEM. Por exemplo, professores veteranos compreendem as descobertas de Borko e Shavelson (1979) quando concluíram que durante o ensino ativo, os professores tomam, em média, 42 decisões por hora. Os professores estão tomando essas decisões em um piscar de olhos, com pouquíssimo tempo para voltarem atrás e refletirem. Enquanto algumas dessas decisões podem ser extremamente simples (tudo bem se Felipe for ao banheiro agora?), outras são bem mais complexas e, geralmente, alteram a forma como o professor se comporta, impactando desta maneira, diretamente, no que acontece ao aluno. Na verdade, algumas dessas decisões têm consequências a longo prazo para os professores e para os alunos.

Uma dessas decisões carregadas de consequências pode estar em torno de questões relacionadas à integridade acadêmica. Uma vez que um problema surge, os professores são forçados a tomarem decisões de alto risco sobre se o aluno teve a intenção de violar os padrões de integridade acadêmica ou se, ao invés disso, desnorteou-se por causa de falta de conhecimento de premissas fundamentais… e então determinar o caminho certo para a ação, de qualquer maneira.

Os professores não querem presumir más intenções

Uma professora veterana de Inglês, em Maryland (EUA), ajudou a explicar como ela abordou estas questões, afirmando que sempre partia do pressuposto de que o problema era resultado de uma falta de conhecimento e não de uma ação ilegal intencional. “Eu sempre começava pensando que eles não sabiam como fazer aquilo direito e que essas questões subjacentes os levaram para um problema”, comenta. “Talvez eles tivessem dificuldades para parafrasear de maneira correta ou, até mesmo, problemas na compreensão de texto que os levou a utilizar mais as ideias de um autor do que as deles mesmos”. Para esta professora, como para muitos outros docentes, esta abordagem lhe garantiu espaço para intervir, identificar exatamente onde estava o erro, determinar as instruções assertivas necessárias para corrigir o problema, e então fornecer a oportunidade de melhora. Situações como esta que ela descreveu são perfeitas para os professores utilizem seus conhecimentos e habilidades da melhor forma possível.

E se não for falta de conhecimento?

O que se torna mais complicado, no entanto, são situações em que os alunos comprometem intencionalmente os princípios da integridade acadêmica. Aqui os professores também são desafiados! Quando os alunos se envolvem em má conduta, as consequências podem ser graves - tudo, desde uma tarefa reprovada, chegando à reprovação no curso e, até mesmo, ações disciplinares, como expulsão da instituição, e a gravidade destas consequências conduzem os professores para um lugar onde querem ter certeza absoluta antes de seguirem por este caminho. O problema, claro, é que é muito difícil ter certeza absoluta. Há, entretanto, indicativos que claramente sinalizam a intenção, e a intenção é o ponto-chave para decidir em intervir com instruções, ou seguir o caminho de medidas disciplinares. Em todos estes anos em que a Turnitin está focada na integridade, reunimos diversos exemplos desses esforços intencionais e ouvimos os apelos dos professores para os cenários em que desejam saber se o aluno fez esforços intencionais para “burlar o sistema”.

Alguns sinais claros são:

  • Fraude acadêmica - Obviamente, se o aluno pagar por um trabalho, é um sinal claro de esforço intencional para má conduta acadêmica. Isto não acontece por acidente.
  • 100% copia e cola - Quando os alunos literalmente elaboram todo o seu trabalho com base em outra fonte, isto é má conduta intencional. Embora seja possível que os alunos não entendam que extrair pequenas partes do trabalho de outra pessoa, sem a atribuição adequada, não é aceitável, copiar todo o trabalho de alguém e colocar seu próprio nome nele é claramente intencional.
  • Manipulação textual - Quando os alunos agem para tentar encobrir a má conduta é uma indicação clara de intenção. De novo, isso não acontece acidentalmente. Leia mais sobre o assunto abaixo.

Embora existam estratégias que os professores possam utilizar para terem melhores percepções sobre as intenções dos alunos, tal como pedir para o estudante explicar o próprio trabalho, descrever o processo para concluí-lo e, até mesmo, aplicar uma avaliação curta e direcionada para descobrir a ausência de conhecimento de questões essenciais de integridade acadêmica, elas são na maioria das vezes inconclusivas e, quase sempre, consomem muito tempo. Esta incerteza e a falta de tempo crônica que os professores experienciam complicam uma situação já bem desafiadora, o que faz com que os docentes procurem ferramentas que possam ajudar.

Os produtos e serviços Tunitin têm historicamente respondido o chamado dessas duas primeiras instâncias, e em 2020, temos orgulho de incluirmos a funcionalidade que irá descobrir manipulação explícita de texto, com o Painel chamado de ‘Sinalizadores’. Por anos, os professores têm nos pedido para utilizarmos nossa tecnologia para ajudar a identificar esforços específicos para driblar o mecanismo de verificação de similaridade Turnitin. O Painel ‘Sinalizadores’, juntamente com os outros painéis de insights, revelam percepções não imediatamente visíveis no documento. Com o novo Painel ‘Sinalizadores’, muitos dos comportamentos mais comuns que os alunos têm apresentado nos esforços para burlar o sistema serão destacados para apoiar os professores a avaliarem melhor a intencionalidade, versus a falta de conhecimento em questões fundamentais de integridade acadêmica.

O que o Painel ‘Sinalizadores’ pode detectar?

Um comportamento comum que os professores identificam como problema é o uso de caracteres ocultos, em que os alunos usam texto branco em fundo branco, o que efetivamente “esconde” textos ou símbolos dos professores. Ao descobrir este texto para os professores, eles podem obter uma visão do que, exatamente, o aluno estava tentando esconder, o que muitas vezes pode ajudar os professores a entender exatamente qual era a pretensão do o estudante. Por exemplo, os alunos podem usar texto branco em fundo branco para aumentar a contagem de palavras de um texto, com o intuito de reduzir o índice de similaridade para um número inferior a um limite determinado.

Outra modificação de texto discreta que os alunos têm usado como tentativa de escapar da verificação de similaridade é a substituição de caracteres, quando alteram para uma fonte semelhante de outro alfabeto. Usando a substituição de caracteres, os alunos tentam fazer com que o texto copiado fique sutilmente diferente do original - diferente o suficiente de forma que eles esperam que possa burlar o sistema. Um exemplo de tentativa de substituição de caractere para contornar o sistema acontece quando os alunos trocam os a’s ou e’s por seus equivalentes do alfabeto cirílico.

Em ambos os casos, os professores podem ver um padrão claro de intenção, e essa intenção é que direciona a tomada de decisão sobre como abordar essas situações delicadas. Existem poucos - se houver algum - professores que encontram alguma alegria em situações que envolvam questões de integridade acadêmica. Na verdade, a maioria dos professores se questiona ao longo do caminho.

Com esses recursos adicionais, a Turnitin ajuda a revelar comportamentos específicos de forma que elimina as suposições para os professores, fazendo com que se sintam mais confiantes em relação à intencionalidade do comportamento do aluno.

Na maioria das vezes, continuaremos supondo que quando as coisas dão errado a instrução pode resolver o problema, mas nos casos em que a má conduta intencional acontece, os professores terão evidências objetivas sobre as quais basear suas decisões.


Shavelson, R., & Borko, H. (1979). Research on teachers’ decisions in planning instruction. Educational Horizons, 57(4), 183-189