Similaridade não é igual a plágio. Os dois conceitos não são os mesmos.
E isso pode balançar algumas estruturas e desafiar alguns entendimentos, mas precisamos esclarecer essas ideias. Por isso, repetimos: SIMILARIDADE não é igual a PLÁGIO.
Agora que tiramos isso do caminho, vamos nos aprofundar nessa afirmação um pouco mais e verificar se conseguimos trazer um pouco mais de clareza para a situação. Desde 2013, a Turnitin vem fazendo postagens no blog, discutindo e, geralmente, buscando oportunidades de esclarecer essa questão de se o nosso produto detecta plágio. Não importa quantas vezes nós abordamos o assunto, nós continuamos encontrando pessoas ao redor de todo o mundo procurando por essa resposta. No nosso Turnitin Educator Network, onde os usuários de todo o mundo se juntam para fazer perguntas e compartilhar algumas ideias, o tópico ressurge ano após ano, e no contato direto com os professores e alunos de todo o mundo, isso também aparece com frequência. Nossa Integração com o Cliente e nossas equipes de educação reportam que esse tópico surge regularmente em treinamentos também. A resposta, entretanto, é simples: A Turnitin não detecta plágio. Em um esforço para esclarecer qualquer dúvida remanescente, vamos dar uma olhada nas questões mais frequentes que escutamos, uma a uma, para respondê-las da maneira mais simples, direta e mais clara possível.
- Com que frequência a Turnitin detecta plágio?
Nunca detectamos - não é isso o que fazemos. Nós nunca buscamos substituir o julgamento de um profissional em atividade direta com os alunos. Fornecemos informação para ajudar o professor a chegar a conclusões para poder fazer seu julgamento. Nosso trabalho é apoiar o docente e, se possível, torná-lo mais fácil.
- Se o relatório não detecta plágio, o que ele detecta?
Similaridade – é por isso que o denominamos Relatório de Similaridade. Você vai notar que não o chamamos de Relatório de Plágio ou - ainda pior - relatório de má conduta. Nós não detectamos esses pontos, e não é da nossa alçada fazer essas conclusões. Ao invés disso, queremos fornecer aos educadores todas as informações que precisam para fazer a análise correta, incluindo quando e como criar um “momento de ensino” e oferecer instruções fundamentais e abordar possíveis déficits de habilidades. Alguns desses déficits podem ser em habilidades fundamentais de alfabetização como paráfrase, ou em habilidades específicas relacionadas à citação; eles podem até mesmo estar no nível de funcionamento executivo com uma habilidade fundamental, como o gerenciamento de tempo.
Uma vez que sabemos que essas deficiências de habilidade podem ser a causa raiz de incidentes de plágio – intencional ou não – criamos um recurso planejado especificamente para fornecer insights, feedback e apoio, em cada uma dessas áreas, incluindo a nossa interessante ferramenta formativa, Turnitin Draft Coach, que permite ao aluno desenvolver seus primeiros rascunhos com feedbacks sobre gramática/uso de linguagem, bem como sobre as citações e similaridade.
- Qual é a diferença entre similaridade e plágio?
O software da Turnitin recebe o que o aluno envia e compara com uma robusta base de dados de conteúdo, incluindo internet, conteúdos acadêmicos e de trabalhos de alunos, e procura por similaridades. Essas similaridades são reportadas em uma porcentagem, ou seja, a porcentagem do trabalho que o aluno enviou que é similar ao conteúdo da nossa base de dados. No relatório, um aluno ou professor pode se aprofundar em detalhes para ver o que, exatamente é, e quanto é correspondente.
Merriam-Webster define plágio, por outro lado, como “o ato de apresentar como nova e original uma ideia ou produto derivado de uma fonte existente”. Em outras palavras, reapresentar intencionalmente o trabalho de alguém como sendo seu. Isso é algo muito diferente de similaridade. Há algum lugar onde similaridade também pode ser plágio? Sim, claro, mas vale repetir: nós deixamos esse julgamento para os educadores que estão trabalhando próximos aos alunos, que têm uma variedade de contextos que podem usar para compreender a situação. Nossa ferramenta nunca vai ter acesso a todas essas complexidades.
- Quanto de plágio é aceitável?
Nada – plágio é a violação da Integridade Acadêmica, e nunca é aceitável. Entretanto, voltamos à minha afirmação anterior: A Turnitin não detecta plágio.
Se trocarmos a pergunta e questionarmos “Quanta de similaridade é aceitável?”, aí sim é uma discussão muito diferente. Vale notar que a similaridade não é somente e não é sempre uma coisa ruim; ela pode, na verdade, ser um ótimo indicador de aprendizagem. Um defensor de longa data da Turnitin, no Reino Unido, sugeriu que “a similaridade é aceitável em muitos casos e pode demonstrar uma ampla pesquisa e muita leitura, conhecimento da visão de outras autoridades e fontes – um passo vital na estrada da formação do próprio ponto de vista e dos próprios argumentos”.
- O que é plágio não intencional?
Plágio não intencional, ou acidental, geralmente, é resultado do déficit de habilidades, quando o aluno tem um ponto fraco que o leva – sem a intenção – a apresentar a ideia de outra pessoa como sua própria. Talvez o aluno tenha dificuldades com paráfrase, ou não é hábil em citações. Pode ser também que um desafio de fluência na linguagem o levou a copiar ideias de outra pessoa. Sem contar outras razões específicas, a intenção de plágio não estava presente. Por outro lado, há situações em que a intenção é clara, ou aquelas em que o professor precisa de mais informações para ter certeza da tentativa.
Para sintetizar o assunto - o plágio nunca é aceitável, mas plágio e similaridade não são sinônimos. E, sem rodeios: a Turnitin não detecta plágio. Na Turnitin, nós levamos o valor do foco no cliente muito a sério, e nossos clientes são professores e pesquisadores em todo o mundo, o que traz um imenso respeito à expertise e julgamento profissional daqueles que escolheram essa profissão. Por isso, nós buscamos apoiar esses profissionais, fornecendo ferramentas e insights que possam ajudar seus julgamentos e decisões, e não substituí-los.
Fique ligado nas próximas postagens dessa série onde abordaremos como a distinção entre plágio e similaridade impacta na prática de sala de aula - o que funciona, o que não funciona, e como usar melhor nossas ferramentas para apoiar objetivos instrucionais.